O passado, o presente e o futuro das nossas marcas pessoais
Uma reflexão sobre identidade e liberdade
Chegamos em dezembro e, no meio da tradicional correria que não falha em nos atordoar nessa época, é inevitável fazer algumas reflexões, né? Ainda mais considerando que tive um dos anos mais intensos da minha vida: mudei de cidade com um bebê pequeno, em pleno puerpério e para mais longe da minha rede de apoio; repensei minha vida profissional e estou caminhando para uma transição importante; lancei novos projetos, como essa newsletter; estudei muitas coisas inéditas para mim até então, e agora necessárias como mãe (como sono e introdução alimentar); e voltei para a terapia, justamente para me encontrar no meio de tantas mudanças.
Um ano intenso, mas feliz na mesma proporção. E 2024 já vai começar com mais mudanças positivas, graças a Deus! Que venha o novo, as novas descobertas e experiências!
Ao longo dos últimos dias, fui compilando ideias e recortes de coisas que eu vi e que me tocaram nessa que é uma época em que, acredito eu, naturalmente ficamos mais sensíveis. Eu confesso que tenho escolhido não acompanhar a maioria das notícias, porque quero continuar otimista, principalmente agora. Tem gente que pode até achar que isso seja uma positividade tóxica, mas eu prefiro pensar que é autopreservação. E como acredito que a nossa vibração irradia para a nossa vida, estou feliz com esse certo nível de alienação.
Tenho priorizado olhar para as pessoas próximas e cuidar delas da melhor forma que posso – inclusive quando elas pedem ajuda para gente que não conheço, mas pelas quais posso fazer algo. Acho que nesta zona de atuação eu consigo fazer coisas que ajudam de verdade o meu próximo, sabe? Não fica só no discurso – é algo prático, mesmo que beneficie, de certa forma, só meu entorno.
Quando trabalhei no Banco Real, aprendi uma lição com o Fabio Barbosa, então CEO, que levei para a vida: se cada um fizer algo para mudar a sua rua, a gente muda o mundo. E é nisso que tenho tentado focar os meus esforços.
Quero dividir com você um pouco dessa curadoria de coisas que me tocaram na alma e que, apesar de terem sido consumidas de forma aleatória, agora, escrevendo esse texto, vi que possuem uma conexão que faz todo o sentido quando pensamos em identidade e o que queremos para o futuro das nossas marcas pessoais.
Espero que você também tenha bons insights por aí!
O PASSADO MOLDA QUEM SOMOS
Uma amiga querida postou esse vídeo da professora Lúcia Helena Galvão e eu achei de uma profundidade, de uma verdade e de uma sensibilidade...
Cada cicatriz nossa carrega muitas histórias, que são parte essencial da nossa identidade. E elas podem se transformar em alicerces para o nosso crescimento pessoal e profissional, desde que saibamos reconhecê-las e transcendê-las. É fácil? Não. Mas é uma questão de sobrevivência, se a gente quiser uma vida com mais plenitude.
Assim como nosso repertório, nosso passado também é parte da nossa identidade como marcas pessoais. E, muitas vezes, pode até ser um grande diferencial – exemplos incríveis não nos faltam. Desde uma nutricionista que, após descobrir problemas para engravidar, se especializou em ajudar tentantes e virou uma das maiores referências do país no tema até uma das sócias da Care Natural Beauty, marca de beleza limpa que eu amo, que decidiu criá-la após um médico recomendar que ela parasse de usar todo tipo de maquiagem por conta dos componentes tóxicos que poderiam agravar uma doença. Ela não queria deixar de se maquiar, mas não encontrava nada no mercado nacional que não tivesse os tais ingredientes considerados ruins para a saúde dela. Assim, por um desafio pessoal, criou uma das marcas mais importantes de clean beauty do Brasil.
Outro exemplo que sempre gosto de citar é o da psicóloga do meu marido: ela teve uma experiência corporativa antes de clinicar e isso, para ele, faz toda a diferença; ela conhece a dinâmica da realidade dele, que enxerga esse histórico profissional dela como um grande diferencial.
Fica, então, o meu convite para a sua reflexão: se você está em transição de carreira, como usar suas experiências como uma ferramenta para se diferenciar dos outros profissionais? Mesmo que você esteja mudando completamente de área, o conhecimento e a história até aqui sempre, sempre são úteis e, muitas vezes, até estratégicos.
O passado definitivamente molda quem somos e, em alguns casos, pode inclusive ser um “turning point” na vida profissional.
VOCÊ É O QUE VOCÊ POSTA? COMO ESTÁ A SUA RELAÇÃO PROFISSIONAL HOJE COM AS REDES SOCIAIS?
Se antes ter um perfil no LinkedIn era tudo o que a gente precisava para ser visto pelos recrutadores, agora a questão é muito mais complexa: todo o nosso ecossistema digital constrói reputação e, sim, as empresas já consideram uma boa influência digital como um diferencial competitivo entre os candidatos a uma vaga. E mais: os especialistas afirmam que, quem não faz gestão da sua marca pessoal digital, corre o risco de “apagamento”.
Ou seja: antes, só os empreendedores estavam preocupados com o seu posicionamento digital porque sabem que é uma vitrine importante, que gera resultados e mais negócios. Agora, quem está no corporativo também começa a entender que compartilhar conhecimento e gerar valor on-line é, sim, um caminho sem volta se você quer se manter competitivo, se quer ser visto como especialista pelo mercado ou mesmo se quer começar a empreender de forma paralela, dando cursos e palestras, por exemplo.
Dá uma olhada nessa matéria para entender como o mercado de trabalho está lidando com essa questão.
Minha dica rápida: escolha a rede que mais gosta e tem afinidade, ofereça real valor por meio dos seus conteúdos e vá se tornando uma referência no tema. Parece muito mais difícil do que é. Mas o mais complexo é começar - pode acreditar!
AS LIÇÕES DO FENÔMENO TAYLOR SWIFT
Eu sei que você não deve aguentar mais ouvir o nome dela. Mas é inegável que a cantora se tornou uma nova lenda da música mundial – e dos negócios. E, aproveitando a febre, achei esse conteúdo aqui útil e relevante, mostrando o que podemos aprender com a nova diva sobre marca pessoal, imagem, reputação e business.
Ele está totalmente alinhado com alguns pontos que abordei na última aula da Comunidade Branding com Alma, sobre tendências para 2024: construção de comunidade, cocriação, diversificação de fontes de receita... Taylor é tendência pura.
SOBRE O FUTURO: FAZER A SUA PARTE OU ENTREGAR PARA O UNIVERSO?
Há alguns anos, essa foi a minha crise existencial: qual o limite entre fazer a sua parte, ou seja, se dedicar o máximo que puder para que algo aconteça, e entregar, para que o universo, Deus ou o que você preferir, faça a dele? Qual esta exata linha tênue entre o agir e o esperar e confiar?
Ainda não tenho a resposta. Mas sei que, quando quero muito alguma coisa, eu coloco todas as minhas forças, energias, ferramentas, orações, vibrações e me dedico muito a ela. Sou obstinada e adoro que meu ascendente, Áries, me ajuda a ser uma guerreira que encara a batalha, se precisar. E também sei que, quando é para ser, o universo conspira, dá sinais, faz a sua parte, facilita tudo e vai encaixando as peças de um jeito que parece até mágica.
Escrevi tudo isso porque algumas pessoas falaram comigo nos últimos dias sobre o desejo de fazer uma transição de carreira, mas preocupadas com a idade – todas estão na faixa dos 40-50 anos – e com “deixar para trás” tudo o que foi construído até aqui.
Olha, considerando que a expectativa de vida no Brasil está em torno de 80 anos, estamos na metade da caminhada. Será mesmo que não dá mais tempo de mudar? Ou falta coragem? Ou o ego não está deixando você voltar a ser aprendiz para recomeçar?
E, sobre a questão de “já investi x anos em formações e experiências e, agora, não quero começar do zero em outra área”: essa sempre pode ser uma escolha, claro. Mas será que, nos próximos 30 anos, não vai rolar um arrependimento? Talvez esse não seja o melhor momento para a mudança, por conta de inúmeros fatores (falta de reserva financeira é um dos mais comuns, claro), mas, em vez de esquecer o sonho, você pode adiá-lo um pouquinho... e ir se planejando para que, em algum momento, ele volte a brilhar os olhos.
Para te inspirar, dá uma olhada nessa matéria aqui, sobre os profissionais com mais de 60 anos que resolveram empreender no digital. Eu olho para esses exemplos e confesso que ganho uma energia extra ao pensar que ainda tenho muito, muito a realizar. Quem sabe eu não escrevo um livro aos 102 anos, como fez essa médica aqui. Vou desde já jogar a ideia para o universo, assim ele terá bastante tempo para m ouvir. 😊
MEU DESEJO PARA O NOSSO 2024
Meu maior desejo para o nosso 2024 é que sejamos livres, de verdade e em todos os sentidos. E, ao ler esse texto abaixo da escritora australiana Rhonda Byrne (famosa pelo livro O Segredo), achei que ele era perfeito para encerrar nossa edição este ano.
"Passamos a faixa dos 20, 30 anos fazendo um esforço enorme para tentar ser perfeitos. Porque nos preocupamos demais com o que os outros pensam de nós.
Então chegamos aos 40, 50 e finalmente começamos a ser livres pois decidimos que não estamos nem aí pro que pensam de nós.
Mas você não vai ser completamente livre até chegar aos 60, 70 quando finalmente compreenderá essa verdade libertadora:
Ninguém nunca esteve pensando em você de qualquer forma. Não estão, não estavam e nem nunca estiveram! Na maior parte do tempo as pessoas só estão pensando em si mesmas e não tem tempo para se preocupar com o que você está fazendo ou se está fazendo bem. Porque estão absortas nos seus próprios dramas. A atenção das pessoas pode se voltar para você por um momento, se você tiver um sucesso ou um fracasso público fenomenal, por exemplo. Mas logo se voltará para onde sempre esteve, nelas mesmas.
Embora a princípio possa parecer terrível e solitário imaginar que você não é prioridade de ninguém, essa ideia pode ser incrivelmente libertadora.
Você é livre.
Pois todo mundo está ocupado demais consigo mesmo, para se preocupar com você.
Então vá ser quem você quiser, faça o que você quiser, dedique se a aquilo que o fascina e lhe dá vida.
Crie o que quiser criar e permita que seja estupidamente imperfeito.
Pois é muito provável que ninguém vá perceber.
E isso é libertador!"
Rhonda Byrne
Que em 2024 você tenha liberdade, esperança e contentamento.
Obrigada pela companhia neste ano e espero que sigamos juntos!
Um beijo carinhoso,
Dani.